Certas vezes as noites são sorrisos
e as palavras simetrias
fluidez de imagens
oceanos de luz exalando madrugadas.
São vozes de folhas calmas
frescas e orvalhadas
indizível claridade
folguedos de luar e de pele
calor de setembro
a perfumar vinhedos.
Certas noites são silêncios
versos e bruma
redemoinhos de nadas
ausências esculpidas em fios de memórias
margens do tempo
através do tempo
a preto e branco
o tempo.