Em um lugar onde o eco do passado some,
Não se sente um fantasma de si mesmo,
Onde a alma encontra o seu verdadeiro nome,
E o espelho reflete um ser sem desespero.
Entre as sombras do tempo, a luz floresce,
Nesse refúgio onde a mente se liberta,
Onde o peso das lembranças desaparece,
E a vida ressurge, leve e bem aberta.
Nesse rincão onde o coração se aquieta,
Onde as dúvidas se tornam brisas suaves,
Caminha-se sem medo, a alma se completa,
No lugar onde o passado já não cabe.
Onde o presente é a tela em branco do destino,
E o futuro é uma página a ser escrita em prece,
Lá, o ser encontra seu verdadeiro hino,
E o fantasma do passado, enfim, desaparece.
Nesse lugar de paz, onde a alma se encontra,
Onde a vida recomeça, radiante e bela,
Não há espaço para sombras que assombram,
Apenas a luz do presente, eterna e singela.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense