Na face tão pálida e serena,
Desliza a marca de uma lágrima.
Não apenas água, mas a cena
De um coração que se desarma.
Silente em sua trajetória,
Testemunha de emoções diversas.
Ela conta, sem euforia, uma história,
De amores, perdas tão adversas.
Não é fraqueza, nem mera dor,
Mas a força de um sentir profundo.
Chorar, por vezes, é o clamor
De uma alma que fala sem mundo.
Cada lágrima que ao chão se atira,
Carrega consigo um fragmento do ser.
Ela revela, e também inspira,
Pois na dor, podemos aprender.
A marca da lágrima, singela e fugaz,
No fim, é o reflexo da nossa essência.
Demonstrando que atrás de cada paz,
Há uma história, uma experiência.
Não se envergonhe dessa gota salgada,
Ela é a prova de que você viveu.
Por cada lágrima derramada,
Um capítulo de vida se escreveu.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense