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Há um suspiro dentro do desnudar deste respirar

 
Tags:  olhos    lágrima    suspiro    ressonância    vulnerável  
 
Há um suspiro dentro do desnudar deste respirar, um encontro contínuo com a raiz da alegria, como se cada lágrima simbolizasse em cada compromisso, um renascer resplandecente e cada dia espelhasse a satisfação na Luz vulnerável dos meus olhos.

Há janelas que se abrem, ao sol do meu contentamento, raios de sol a tocarem a minha pele em arrepio, um rio de sensibilidade em tanto silêncio que fala, a perscrutar a vida dentro de cada instante que me toca, como se o som da emoção, pincelasse no caminho, a capacidade de ir, dentro da determinação do abraço à vida e desnudasse as vontades ali expostas.

Ouço o murmurar da brisa sussurrar-me plenitude, é como se tudo tivesse sido desenhado pelo pensamento na mais ínfima perfeição, numa outra e nova melodia, cujo som aprofunda e toma lugar, como se vestisse as emoções e passeasse o olhar pelas maravilhas que me convidam a inspirar as mãos sobre o altar, numa dádiva, como se as mãos de misericórdia estendidas ao amor por mim mesma, me desafiassem a sair e a entrar de novo em mim sem ser sacudida pelo vento forte das adversidades.

Beijo a sintonia, como se o ritmo da ressonância atravessasse o meu ser e a luz dos meus sentidos se abrisse à fragilidade das tuas mãos e num percurso interno lesse e depositasse ali no ventre da alma, as sensações inebriantes do eco em permanente estado de graça.

Enquanto o som forte da vida em contrariedade se impõe na sua exuberante e orgulhosa face desafiando todas as possibilidades, a voz da confiança toca-me o olhar, a fé veste as sombras de esperança e com os olhos fitos no firmamento, vou-me reapropriando do que me pertence e faço acontecer o meu milagre.

Sou um oceano silencioso de razões para descalçar os pés e entrar no coração, percorro as artérias e veias do meu caminho e a paz convida à reflexão.

Sou como um espelho aonde se reflete a imagem da alma, e trago no regaço branco um tempo inadiável, cuja essência da verdade, assume a forma da Luz e brilha bruxuleante em todos os instantes, como se todos os durantes se vestissem com a seiva da alegria dentro do futuro.

Alice Vaz de Barros


Alice Vaz De Barros

 
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Enviado por Tópico
Alpha
Publicado: 09/09/2023 20:47  Atualizado: 09/09/2023 20:47
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 Re: Há um suspiro dentro do desnudar deste respirar
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Nos suspiros correm rios de emoções
Nos faz percorrer caudais de saudade
Num doce fervilhar de tantas sensações
A desaguar num (a) mar de sensibilidade!

Na leitura sente-se o murmurar de belezas sem fim, tal como andar suspenso nas águas do (a) mar!