Poemas -> Amor : 

Vento íntimo amoroso

 
No auge da noite silente,
Convidei o vento, sutil e fremente,
Para ser testemunha, com seu sussurro errante,
Da primeira vez que me entreguei a ti, amante.

O vento, curioso e impertinente,
Acercou-se do quarto, tocando a gente,
Com sua carícia fria, mas reconfortante,
Como um sopro de vida, algo vibrante.

Nossos corpos dançavam com a leveza do ar,
Guiados por esse vento, sem cessar,
Na melodia da paixão, sem hesitar,
Entrelaçamos almas, deixamos o mundo girar.

O vento contou segredos ao teu ouvido,
De amores passados, de corações feridos,
Mas nessa noite, tudo foi esquecido,
Pois em teus braços, achei meu abrigo.

A manhã chegou, e o vento se despediu,
Mas a memória daquela noite, nunca partiu,
A cada brisa que sinto, em meu rosto a tocar,
Lembro de ti, e do vento, a nos embalar.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

 
Autor
Odairjsilva
 
Texto
Data
Leituras
411
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.