A presença invisível da alma vagueia,
Por entre as sombras do entardecer.
Em cada esquina, em cada ideia,
O mundo tenta a essência entender.
Pessoas que vivem desencantadas,
Com olhares que perderam a cor,
Buscando respostas nas estradas,
Mas encontrando apenas o sabor amargo da dor.
O sonho é sempre um hóspede clandestino,
Entra sem pedir, sem fazer alarde,
No silêncio da noite, traça seu destino,
Sob o manto da lua, faz com que o peito arde.
Existem profetas que profetizam outras coisas,
Visões que vão além do que se vê,
Palavras misteriosas, propostas atrevidas,
Prometem ao coração o que o mundo não pode oferecer.
Mas em meio ao caos, à sombra do incerto,
Surge a esperança, um brilho que não se ofusca,
A presença da alma, sempre por perto,
Revela que viver é sempre o que se busca.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense