Sonetos : 

Beijo morno

 
Tags:  poema    reflexão  
 
Beijo morno
 
Terno vento quente acariciava,
suavemente, e moldava as flores.
Papel rosa crepom a tudo ornava,
embrulhando folhas em rúbeas cores.

Inflorescências de flores crespas,
onde onírica paleta, explodia em tons.
O branco, em díspar composição,
pintava-se rosa e vermelho coração.

O que interessava era a poesia,
mas, decerto, a brisa roubava a harmonia
balançando folhas e flores em heresia.

Beijava o rosto, envolvia a alma,
entorpecendo o todo, sem pressa,
sussurrando, mansamente, calma.


"Viver é confrontar o caos no cotidiano,
evitando cair nas armadilhas da depressão."




Um dia no início do outono...

Participe do grupo: Poesia no Caos
https://www.facebook.com/groups/1218204639013511
 
Autor
Helio.Valim
 
Texto
Data
Leituras
1029
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
22 pontos
2
2
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 31/08/2023 00:52  Atualizado: 31/08/2023 00:52
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: Beijo morno
Poeta
Belíssimo soneto! Imaginei as flores de papel crepom de diversos tamanhos e cores, com degradê, a textura do papel e uma brisa suave de outono dando movimento/vida a essas flores! Materiais simples virando arte!
Assim como admiro a arte das flores de papel encantei-me pelo seu belíssimo soneto, que esbanja criatividade e sutileza como um beijo morno!
Parabéns pela inspiração!
Favoritei!
Abraço!
Janna