Sonetos : 

Sonatina

 
Tags:  saudade    solidão    poeta do cerrado    sonatina  
 
 
É mau que eu viva areado, e sem prumo
Posto numa solidão daquele que não crê
Que já está acostumado, ao léu, à mercê
Prosando lembranças, poesia sem rumo

Mas, lá no fundo, a esperança, presumo
Tenha a compaixão deste pobre crupiê
Do amor, sem sorte, e cheio de porque
Pois, a boa sonatina a paixão é insumo

E, se insistir com a poética nesta saga
Deixando a poesia com a emoção vaga
Não serão somente versos de soledade

Será também a alma cheia de lamento
Porque no vazio há sempre sofrimento
E a dor o verso imerso numa saudade!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 agosto, 2023, 15’56” – Araguari, MG


Poesia é quando escrevemos o monólgo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.

Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado
 
Autor
LucianoSpagnol
 
Texto
Data
Leituras
271
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Sergius Dizioli
Publicado: 30/08/2023 11:57  Atualizado: 30/08/2023 11:57
Administrador
Usuário desde: 14/08/2018
Localidade: काठमाडौं (Nepal)
Mensagens: 2241
 Re: Sonatina
Prezado poeta. Não tinha tido a oportunidade de trazer-te minhas boas vindas e demonstrar minha satisfação por teu retorno, pois que sempre nos brindas com peças como esta, cheia de melodia e reflexão. É um grato retorno, uma oportunidade de ler esses versos orlados de buritis, muricis e jatobás e ao piado dos jaós, das seriemas e conversas dos maracanãs. Grato por mais essa partilha, bom retorno. Saudações.