No silêncio da noite, uma questão ecoa,
O que é que não fazemos por amor?
Por paixão, entregamos nosso coração,
Rendemo-nos, sem temor, à mais doce emoção.
Nas curvas do destino, busquei desvendar,
O que é que não fazemos por paixão?
Por um olhar, por um toque, pelo prazer de sonhar,
Nos perdemos e nos encontramos em cada canção.
Eu tentei viver sem você, na vastidão,
Em cada amanhecer, na escuridão da solidão,
Mas é impossível, como conter o mar,
Ou pedir à lua para não brilhar.
Não consegui tirar você da minha vida,
Seu nome é tatuagem, eterna ferida.
Mesmo que o mundo gire, que o tempo insista em passar,
Por amor, por paixão, aqui estarei, a te esperar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense