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Poemas
:
Os donos do dia
Armas, lágrimas
E morte,
Busca-se o mais forte
Pra decidir tua e minha sorte
Guerra fria
Balas ardentes,
Corpos agonizantes
Nos braços dos donos do dia
Finge-se guerrear
Ou fazer guerra
Pra fazer valer o fuzil
Ou, melhor vender o olho da morte
Vende-se a morte no mercado aberto
N’olho da rua.
Ó África, faça da tua
Visão, o vazio do deserto
Por cada arma negada
Mil vidas salvas,
E, pra lá do fundo da selva,
Jamais haverá empreitada
O engano tem limite,
E África, já foi enganado o baste
Pelo ocupante
Das terras de lingotes dourados
Adelino Gomes-nhaca
Adelino Gomes
Autor
Autor
Upanhaca
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27/08/2023 19:43:13
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Olhar que nada vê ou finge não ver
Não se vai ao céu pela porta do quintal
É minha cura, o tem jeito de beijar
Sou dono do verso esquecido
Urge optar pelo lado da razão
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O Cônsul
Um querer que se perde na ausência
No cume da riqueza
Sigiloso recanto do amor
Doçuras do namoro
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Estou bem
O vaga-lume
... Mês de setembro
Gratidão
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Enviado por
Tópico
Upanhaca
Publicado:
27/08/2023 20:00
Atualizado:
27/08/2023 20:00
Usuário desde:
21/01/2015
Localidade:
Lisboa/loures
Mensagens:
8483
Re: Os donos do dia
Por cada arma vendida,
caem mil corpos
no repugnante lamaçal da morte.
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