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do elo do duelo, se eu fosse juiz,
a favor de ambos batia meu martelo.
A Dita surrava o Zé
mas, como homem
dia após dia
ele caia de pé
Certa vez se revoltou
quis ir pra Macaé
respirar novos ares
na colheita de café
Tomou outra surra
pediu ajuda a São Tomé
assistindo a tourada
que o boi dava olé
Assim do nada
enquadrou a Dita maldita
tal volúpia de gol de Pelé
Quebrou três mandiocas
no lombo da danada
silenciou o banzé
Hoje a bendita
bate nele com carinho
dorme em posição errada
acha bom o seu chulé
Corre boato na vila
que o sem-vergonha
morde a fronha
quando a Dita
o lambe com peçonha
diz que é sua cabrita
no rala e rola dá um méééé
arranca seus cabelos
na hora do cafuné
Indagações de um observador neutro, partidário
da geração 'paz e amor'.
1) Será que o Zé sente saudade das surras que levava e, pelos mistérios
amorosos, veio a sofrer de síndrome de pancadas repetitivas que, ao
invés de separá-lo da agressora, apenas o unia mais a ela, pois fora
influenciado pelo bateu/levou depois de assistir televisão?
2) Será que a Dita - inconscientemente - apenas sucumbiu temporariamente
ao 'fracote' pra desencargo de consciência, levada pelo desejo fremente
de ter um macho dentro de casa?
3) O dito popular diz que "em briga de marido e mulher, ninguém enfia
a colher", mas... um caso alicerçado na violência corporal - que põe abaixo
o conceito de racionalidade, com certeza -, será capaz de reacender
a demarcação territorial, o instinto, o sentimento de possessão, relevados
com marcas no próprio corpo?
4) Perguntinha cavernal: 'Será que um mija no outro e riem
de se mijarem?'
Se você acha que os dois precisam dum corretivo e que o caso é um
caso policial - ESQUEÇA!
Fiquei sabendo que a Dita tem um Zezinho 2 na barriga que chuta
pra todo lado, e que ambos são fregueses de carteirinha do PS 24 horas.
Ah, o Zé, orgulhoso pelo feito, canta em verso e prosa que o garoto será
jogador de futebol na "zuropa", que não terá medo de cara feia e
distribuirá pancada adoidado. Será genético?
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Rehgge Camargo_________________________________
"o poeta absorve, filtra e exala."