Olho pra direita e pra esquerda E deparo com sorrisos apagados Dos rostos afogados Em lágrimas pedidas nos labirintos d’alma
Não muito longe daí, Um fuzil fumegante Deita espumante ódio Pelo olho da morte
De joelhos, caio No chão vermelho de sangue, A espera do que se segue Do fuzil que cospe raios da morte
Vendo o medo à sorte, Sorte não muito longe da morte, Que espreita do fundo do cano, O tremor do pano Que cobre meu corpo morto
Espera dolorosa e longa´ Que cada vez afoga Minh ’alma No escuro fundo do cano mortífero
Toda a reza parecia pouca, Meu corpo tremia como varras verdes ao vento, Olho pra o céu e de pés juntos Enfrento o cano da morte, Que parecia zombar da minha pouca sorte