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O desenfreado saque em África

 
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Tantos foram os séculos
Do “morde-não-sopra”.
Terras carecas
Ganharam o ganho não-ganho…

Na pauta do tempo,
Classificam fruto de ratonice
Nas terras carecas,
Sem minas nem o amarelo da lua

Aceitam a classificação
Da maldita pauta,
Sem nunca terem fontes de luz,
Que reluzem nos cofres do sangue

Aceitam lugares do pódio
Sem nunca importarem com a dor dos povos,
Que lhes ungiam panças do vento
Com o negroide do petróleo das suas terras

Há primeiro, secundo, terceiro
E quarto guardião do tesouro,
Saqueado do escavacado solo africano.
Sem pejo, acetam lugares como donos de tudo

Bem, quem nada tem
Tem tudo...
Até afirma ter fontes de luz,
Que só luzem no ventre da mamã-África

Adelino Gomes-nhaca

Adelino Gomes

 
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Upanhaca
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Olhar que nada vê ou finge não ver
Não se vai ao céu pela porta do quintal
É minha cura, o tem jeito de beijar
Sou dono do verso esquecido
Urge optar pelo lado da razão
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Escalada ao topo do saber
Sabedoria fardada de morte
Corações partidos na partida
Não adianta ser poeta à força
Me dás teus suculentos lábios
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Por onde anda o amor?
Adoçadas lembranças
Num perfeito descaso!
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 21/08/2023 10:11  Atualizado: 21/08/2023 10:11
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8483
 Re: O desenfreado saque em África
Podeis, podeis continuar a saquear…
Mas, quando África acordar,
Tereis mãos amputadas.

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