Caminho incessante, trilha sem fim,
Por vales e montes, eis-me aqui.
À procura de paz, em busca de mim,
Neste labirinto onde um dia me perdi.
Cada passo dado, uma sombra atrás,
Ecos de risos, choros e talvez.
Levando comigo os fardos, os ais,
Sonhos quebrados, a juventude a meus pés.
Até que todos os meus pensamentos,
Se enrolem, cansados, como ventos.
Ansiando por calma, por um fim sereno,
Para que o peso do mundo, me seja mais ameno.
E quando a noite enfim me abraçar,
E o silêncio cantar uma canção de ninar,
Espero que o caminho, em seu torpor constante,
Me permita repousar, e sonhar distante.
Pois no fim do caminho, onde tudo se apaga,
Anseio por descanso, que a alma embriaga.
E no silêncio profundo do universo a fluir,
Que todos os meus pensamentos se cansem,
E eu possa dormir...
Poema: Odair José, Poeta Cacerense