Se eu peço ao soneto dar-me felicidade
A este coração sofrente, sonso e servil
Prosa que sou infortunado, varrido, fútil
Ávido, inútil e cheio de inflada vaidade
Donde vem está falta de simplicidade
Está tua crueldade? mostra ser hostil
Nas entrelinhas és vil, dum saber sutil
No versejar, tosco, e sem a suavidade
A minha inspiração sussurrante, chora
Nos suspiros dentro da ilusão e, assim
Farto de sensação e lágrima, vem fora
Parece que a poética, só quer, querer
Ser, sem piedade morre dentro de mim
Só para sentir o sentimento esmaecer
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 junho, 2023, 20'43" – Araguari, MG
Poesia é quando escrevemos o monólgo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado