Nas torres dos sonhos dourados e grandiosos,
Dançam delírios suntuosos e pomposos,
Mas triste é o coração que vive em excesso,
Pois o que é demais se torna um peso.
As riquezas adornam a vida com brilho,
Mas a alma cansada almeja um abrigo,
Pois o ter além do necessário e bom,
À tristeza profunda nos leva, qual som.
Oh, como são tristes os risos forçados,
Das almas que têm tudo, mas estão esgotados,
No luxo e na opulência perdem o fulgor,
Buscam a paz, mas encontram só dor.
Nos salões de extravagância e excesso,
Se esconde a tristeza em cada sucesso,
Pois quem tem o que é demais, enfadado está,
Anseia pela simplicidade, por um novo olhar.
A felicidade reside na medida certa,
Onde a paz e o contentamento se abrigam na descoberta,
De que menos é mais, na verdade do coração,
E a simplicidade traz alegria, em toda direção.
Portanto, cuidado com os delírios suntuosos,
Pois neles o vazio se torna mui doloroso,
Busquemos a harmonia entre o ter e o ser,
Pois assim a tristeza poderemos vencer.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense