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O tempo não espera

 
Em tecidos sutis de horas tecidas,
Cada instante é fio de vida contada,
O tempo escorre, silente e preciso,
É areia que escapa, por entre os dedos cerrados.
Há quem corra atrás de sombras vazias,
E perca momentos que nunca voltarão,
Mas há quem entenda a dança dos dias,
E no palco do tempo, seu propósito encontrará.
Cada riso, cada lágrima, toda paixão,
São notas de uma canção que ressoa no coração.

Valorizar cada segundo, em verdade vivido,
É o segredo do tempo, por sábios entendido.
O tempo não espera, não pausa, não cessará,
Mas em nossas mãos está, o que dele faremos.
Será apenas passagem, um sopro vão?
Ou matéria-prima de sonhos que tecemos?
Escolher com coragem, com amor e com razão,
É dar ao tempo um propósito, uma direção.
Pois no final da jornada, quando a noite chegar,
Será o que fizemos do tempo,
Que irá nos definir e marcar.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

 
Autor
Odairjsilva
 
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