Sonetos : 

Cartas

 
Entrego- te os meus versos agora,
Todos os versos que fiz por amor,
Desvalidos ,sem rimas e no torpor
D'Angústia da sua falta, minha senhora.

Para que os guardem, por anos, hora
Ou um segundo só, o que for.
E que deixeis contigo em calor
Para impedires que não vão embora.

Mas não façais com meus versos
O que fizestes com tudo que lhe dei antes,
Guarde-os contigo apenas,num canto.

São eles o fruto amargo e disperso
Da paga dos meus zelos infantes
Das horas dedicadas em que te amei tanto!

 
Autor
pauloroberto
 
Texto
Data
Leituras
482
Favoritos
3
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
33 pontos
1
4
3
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Sergius Dizioli
Publicado: 02/08/2023 23:20  Atualizado: 02/08/2023 23:20
Administrador
Usuário desde: 14/08/2018
Localidade: काठमाडौं (Nepal)
Mensagens: 2243
 Re: Cartas
Uma história como bem convém à poesia: amores e desilusões. Tudo vem bem construído com ritmo e melodia tornando-o uma leitura fácil e agradável que, ao final, ficamos desejosos de mais. Saudações.