Na despedida que dilacera a alma,
Senti o amargo sabor da separação,
A saudade se instala e acalma,
Mas traz à tona a dor da solidão.
No adeus, a promessa de um retorno,
Mas incerto é o tempo que nos separa,
A lembrança invade, causa tormento,
E a saudade, cruel, se multiplica e dispara.
Nas noites insones, a mente vagueia,
Em busca do toque, do calor, do abraço,
Revivo os momentos de alegria e sintonia,
E anseio pelo tempo que foi escasso.
É a saudade que arde, que pulsa no peito,
Lembranças vivas de um passado recente,
A ânsia de ter de volta aquele afeto,
Que me envolvia e me fazia contente.
Desejo que o tempo se mova sem pressa,
Que a espera seja breve, leve e doce,
Para que eu reencontre essa pessoa que me é tão confessa,
E que a saudade transforme em reencontro precoce.
Ah, como anseio ter de volta o que se foi,
O sorriso, o olhar, o calor do abraço,
Preencher o vazio que a partida deixou,
E voltar a sermos cúmplices nesse espaço.
Que a vida, bondosa, nos traga o reencontro,
E que a saudade, enfim, se transforme em paz,
Pois é na união do amor e do tempo, eu aposto,
Que a felicidade novamente se refaz.
Até lá, aguardo ansioso e com esperança,
Aquele momento em que estaremos envoltos em amor,
E a saudade se dissipará de uma vez,
Restando apenas a alegria de sentir esse fervor.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense