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Entreaberta, mas minha gargalhada escapa cínica...
Admoesto meus próprios pensamentos
num sermão tímido só para o meu eu escutar,
quando ouvir daqui você debochar da minha mímica.
Não ligo, as emoções não me são superficiais, nossas palavras soltam-se leves, cúmplices, e os gestos inda que totalmente virtuais, vibram como se fossem presenciais.
Apesar de as terras roxas serem distante da minha estância, fundiram-se os quereres, as bem-aventuranças nas trocas do prazer de dar e receber a alegria de te ter em transe.
Mesmo com essa dificuldade já dita da distância, há e haverá o amor fraterno, com acuidade e zelo, como planta germinada que enraizou forte, cresceu frondosa, cheia de flores, frutos e mais; mostrando com emoção; que a poesia é um norte.
Então te surpreendo, me revelo um boêmio sacana incorrigível, declamando meus versos, rimando, sorrindo, “zoando”, tentando cantar meus poemas com voz sem falsete, e
pensando como roubar descaradamente um beijo desta tua boca, [gostosa]... toda lambuzada de sorvete.