Em um canto solitário da minha alma,
A melancolia tece suas teias,
Entrelaçando as lembranças de um amor perdido,
Que se dissipou no mar das tristezas.
Meus olhos carregam como marcas,
As lágrimas derramadas na escuridão,
O coração, antes cheio de alegria,
Agora se afoga na tristeza da solidão.
A cada suspiro, ecoa o eco da saudade,
Dos momentos felizes que se desfizeram,
Em silêncio, sussurro ao vento,
Palavras de amor que o tempo corromperam.
Mas no abismo desse triste vazio,
Uma chama tímida reluz,
A esperança, ainda que sutil,
Desperta em mim o anseio por um novo ponto de luz.
Um amor que floresce em novos jardins,
Que traga cores aos dias acinzentados,
Que cure as cicatrizes da alma machucada,
E transforme a tristeza em sorrisos inesperados.
A tristeza das lembranças de um passado,
A melancolia que invade o coração,
São apenas trampolins para o futuro,
Onde um novo amor encontrará sua razão.
Então, ergo-me das ruínas do amor perdido,
Acredito na força que reside em mim,
Com a certeza de que, em algum lugar,
Um novo amor está destinado enfim.
Que a melancolia seja apenas uma estação,
E que a tristeza se transforme em aprendizado,
Pois, no horizonte da vida, brilha a esperança,
De um novo amor ser encontrado.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense