O passado já não conta
O presente não existe
Ser demente
Será isso?
Julgávamo-nos donos das memórias
Mas...
Ou se desvanecem
Ou estão erradas
Morremos em qualquer momento
Ou esquecemo-nos da nossa vida
Que não é mais
Se não morrer...
Não há passado
Não há futuro
O presente deixou de ser
Não é viver!
Confunde-se o filho
Com o irmão falecido
Ainda a vida no princípio
E perde-se o tino ao tempo...
E a consciência!
E a identidade!
E tudo o que o lobo frontal
Do cérebro
Ocupa
Mergulha-se agora no vazio
Talvez da transcendência...
Cleo