Ao afamar campanha de consumo,
em difusa produção midiática,
impõem-se reflexões sobre o prumo,
buscando prudência na empáfia.
Ao alterar cinicamente a verdade,
tentando reinventar emoções,
para vender versões da realidade,
quebram-se lembranças e convicções.
Ao adulterar vigorosas mensagens,
divulgando hipocrisias, a pretexto
de desconstruir antigas imagens,
formata-se malfazejo contexto.
Ao usurpar memórias icônicas
em profanos projetos midiáticos,
constroem-se relações lacônicas,
sobrepondo-as a valores éticos.
Ao separar personagens de suas vidas,
usurpando histórias e conquistas,
corrompem-se lembranças queridas,
ferindo-as na calada da noite perdida.
Assim, transmutam-se antigos contestadores,
em garotos-propaganda, sem pudores!
"Viver é confrontar o caos no cotidiano,
evitando cair nas armadilhas da depressão."
O poema questiona o uso não ético de Deepfake.