Para que nossa palavra singre, vire semente e logo fruto,
há que dar o exemplo, em cada gesto tido.
Não nos podemos tornar levianos, igual ao Homem,
pois, poeta, tem de ser sempre maior que isso,
passando sabedoria e ensinamento, a quem o lê.
Se nos maculamos (enquanto poetas),
que pode o poeta passar, a seus leitores?
Estas as responsabilidades, que assumimos, em toda a sua
pujança: agir em conformidade, ante o que se escreve.
Claro que, a humildade, tem de andar a passo, com o poeta,
enquanto o poema nasce, só assim a palavra terá o efeito desejado.
Mas que fazer desta roupa que nos veste… Homem?
É preciso despir toda a panóplia de vícios, inerentes ao Homem,
ser verdade
no seu movimento e em suas acções, individuais ou em comunidade.
Para isso existe o poeta, que decifrando vai, costumes bizarros,
fraquezas,
que atingem o Homem, a cada momento, do seu dia-a-dia.
E, sempre, mas sempre à assiduidade fugir, preservando sua identidade,
que será a identidade de muitos, que só precisam de uma voz, que
vele por eles.
Infelizmente, as pessoas, ainda não sabem distinguir, o poeta
do Homem, e não se coíbem de tratá-los, como coisa vã.
Palavras continuam a ser levadas pelo vento… não sem antes
debilitar o Homem e o poeta, com palavras infames e ofertas destituídas
de crédito ou bom senso.
Há que fugir dos erros, chamar o Homem à razão e não cair em tentação –
Dar livre voz ao poeta.
Jorge Humberto
07/05/08