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Dia inteiro de espera, de aquele mar raivoso amansar, insistente na quebradeira bruta ao longo da enseada...
Não arriscar enfrentá-lo adentrando a imensidão é sabedoria de gente de pele de sol e sal, experiente...
Barcos e barqueiros recolhidos à terra firme, silentes, oram...
Pontas de pés na pedra, mirante, assistem na linha do horizonte a jangada teimosa numa luta quase inglória de retorno ao cais...
Enquanto isso, um menino apreensivo, risca com seus pezinhos andarilhos desenhos de ondas e sereias imaginárias na areia úmida da praia, esta, acostumada a acolher seu caminhar todas as manhãs...
Às costas, um cesto repleto de mariscadas; almoço e jantar, já que peixes rarefizeram com a borrasca... No olhar, futuro incerto, e coisas que só ouviu falar...