Luso-Poemas
 
Poemas : 

Na transparência das águas

 


Cinjo-me ao rio que flui
fundo e claro
pelos meandros da minha infância.

Regresso ao açude e às pedras
macias e lisas

como se fossem o tempo a deslizar
na transparência das águas.

E os ecos a flutuarem.

Na superfície líquida
as fantasias do primeiro amor.

Nesse tempo
todo o corpo podia ser composto
de silêncio. Nos olhos
nasciam horizontes limpos

e as vozes eram imaculadas
porque ainda não existiam manchas

no meu vocabulário.

E a minha verdade era toda aquela
em que os meus olhos largos
sabiam acreditar.



 
Autor
idália
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
443
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
16 pontos
2
3
1
Recentes
A subtileza da luz
Ser o vento
A impaciência das horas
Nenhum lugar
Os ramos que me crescem longe
Aleatórios
Para lá do olhar
Areias de outro tempo
A minha seiva
Brev(e)idade
Estações
Favoritos
O sossego
Passo das Rosas
Renascimento
AR-231229
Sento-me na vida…impotente
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 02/07/2023 22:07  Atualizado: 02/07/2023 22:07
Usuário desde: 28/07/2009
Localidade:
Mensagens: 10799
 Re: Na transparência das águas
Belo recordar! Revejo-me nesse açude nessas águas, nessas pedras, onde passei a infância, tempo do primeiro amor, tudo tinha ainda a pureza da inocência.
Adorei.

Boa semana
beijinho

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre