O Dom do Abstrato
Ah! sentir o dom do abstrato
Como um caule seco sem vida
Viver sem o nexo nem tacto
Ser no mundo cerca altiva
Ser grudento como o visgo
Dos que vivem nos desvios
Enredando as pedras dos rios
Não almas a procura de vius
A obscuridade incompreensível
Ao vagar por corações doentes
E também uma infecunda semente
Inerte em misterioso frio
E que se arrasta mas cobra
Ao morder seu próprio rabo
Que lucidamente nunca sentiu
Amor lactente desmensurado
Ah!sentir o dom do abstrato
Talvez para continuar vivo
No mundo cada vez mais abusivo
Apenas para viver como um rato
Alexandre Montalvan
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