Quantas vezes somos tocados pelo que as pessoas dizem e escrevem sobre as suas experiências amorosas?
A presença do amor pode ser magnificamente enquadrada na nossa memória através da linguagem que normalmente usamos.
Pensemos nas palavras gentis e reveladoras que os enamorados pronunciam durante aqueles primeiros dias, por vezes frágeis, de um relacionamento.
Pensemos nos votos feitos num casamento.
Pensemos nos conselhos sábios que transmitimos às crianças.
Pensemos nas palavras amorosas que usamos para celebrar a família e a amizade.
Pensemos nos discursos dos nossos líderes quando eles se ligam totalmente ao povo.
Pensemos nos sinceros elogios fúnebres proferidos nos funerais.
Com tudo isto, chegamos á conclusão de que o amor na sua forma mais pura, transcende a linguagem.
Quando entramos profundamente dentro de nós mesmos, as palavras afastam-se.
Quando viajamos para dentro, passamos a um estado de ser para além do tempo, para além dos números, das imagens, das ideias, das definições, para além dos rótulos, para além da linguagem.
Neste universo interior de paz podemos encontrar o sentimento mais perfeito de amarmos e sermos amados.
Do meu Livro a editar:
"Olhos que trespassam o coração"
Alice Vaz de Barros
Alice Vaz De Barros