Desde o porão do tempo,
à gestão da viagem
com paciência,
vai o passar do vento.
O fruto que amadurece,
sobre o orvalho do horto.
Cai para a mutação
e concebe-se em terroso corpo.
Abrem-se as mãos
traçando a madureza,
com passos leves,
num rumor finito de incerteza.
Com o barro dos sentidos
lavra-se no livro, a vã,
da perfeita solidão
como fruta temporã.
Zita Viegas