Na tarde de um verão, um olhar se encontrou,
E o coração, em chamas, logo se apaixonou.
Nasceu um amor intenso, sem qualquer aviso,
Que agora se torna saudade, um amargo sorriso.
A vida segue seu curso, implacável e veloz,
E o tempo, impiedoso, não espera por nós.
O amor que se formou naquela tarde dourada,
Deixou marcas profundas na alma enamorada.
Os dias voaram, como pássaros no céu,
Enquanto o nosso amor se entrelaçou, fiel.
Mas o relógio avança, sem jamais retroceder,
E agora resta apenas a saudade a florescer.
A vida nos separa, por caminhos distintos,
E o eco das lembranças preenche os vazios infinitos.
Guardo com carinho cada instante vivido,
E sinto falta do amor que foi compartilhado e sentido.
A saudade, doce companheira dos amantes,
Transforma momentos passados em eternos instantes.
Ainda sinto a brisa quente daquela tarde,
Quando nossos olhares cruzaram sem alarde.
A vida passa célere, sem dar trégua à paixão,
Mas o amor que nasceu jamais será em vão.
E assim, na saudade, o amor encontra morada,
Revestindo de ternura a vida que foi amada.
Que a memória guarde os melhores momentos,
E que a saudade nos traga suspiros e lamentos.
Pois, mesmo que o tempo não nos dê sorte,
O amor que nasceu será eterno, sempre forte.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense