Em um mar de saudades, mergulho profundo,
Nas águas de um amor que não conhece o mundo.
Um sentimento intenso, que não se desata,
Mais forte que a fome de um homem em desgosto, que mata.
É um amor tão profundo, que transcende o espaço,
Ultrapassa fronteiras, não conhece embaraço.
Como um prisioneiro ansiando por liberdade,
Minh'alma clama por ti, em busca de felicidade.
És a luz que me guia, a chama que me aquece,
O alento nos dias em que minh'alma padece.
Nossos momentos passados, como pássaros voando,
Deixaram rastros profundos, lembranças marcando.
E a saudade persiste, não se apaga ou se rende,
É um fogo inextinguível, que queima, que ascende.
És o sol que me ilumina, a estrela que me orienta,
Um amor que perdura, que a distância não enfrenta.
Como um exilado, ansioso por tua presença,
Por teus braços que são minha pátria, minha essência.
És o abrigo seguro, a calma em meio ao caos,
Um amor inabalável, além de tempo e espaços.
Mesmo distante, em cada pensamento meu,
Esse amor tão profundo, jamais morrerá, sei eu.
És uma melodia que embala meus sonhos à noite,
Um sentimento eterno, que nunca se esvazia ou acomete.
Assim, nessa jornada de amor e de dor,
Vou trilhando os caminhos com fé e com ardor.
Porque mesmo que a saudade insista em me lembrar,
Nosso amor é infinito, e nada pode nos separar.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense