Poemas : 

Poço de Saudade

 
E eu que te procurava nas esquinas dos meus medos
Mas eu te encontrei onde o vento dobra todo o olvido
Onde de paixão adormecida tinhas as mãos trêmulas
Com os olhos qual pássaros que voam para o infinito

Convidamo-nos brincar junto a um poço de saudade
Foi assim que pude abdicar de minha própria solidão
Permitindo que toda a loucura se fizesse de ternura
No encontro de nossas bocas, calor fugaz dos beijos

Senti teus abraços ternos permutarem meu caminho
Que dos abismos parti para a cintilância das estrelas
A minha voz explodiu em um arco-íris de eternidade
A escrever a cor de poemas que gravaram teu nome

Mas o destino te levou embora. Tormenta no corpo
A angústia gira na alma, quero fugir e não há saídas
Na estrada bordada de sabiás, há espelhos rompidos
Eu quis que viesses e me levasses para nosso espaço

Queria ouvir tua voz, ver a luz guia que tu emanavas
Mas só encontro esse caminho interminável ao nada


"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
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