Poemas : 

De todas as vezes que a raiva salva

 
Solidão tangente
E existência abstrata
Entre a vida que castiga
E o sofrimento que maltrata

Raso coração errante
Semeando o amor em liquidez
E abrasiva mente maldizente
Suturando em vírgulas a insensatez

Sem cânticos engodo
Ou mesmo liras transversais
Só um lirismo maltrapilho
Em um monte de versos sem ideais

Psicologia de boteco
E depressão em doses
Enquanto a ignorância faz eco
Em uma centena ébria de vozes

O coração pulsa por obrigação
E o oxigênio queima os pulmões
A mágoa que corrói é indubitável
E a dor é a perdição das multidões

Angústia e loucura compartilhada
Em abstração metódica e existencial
A raiva canta em ode à melancolia
Enquanto traz a luz desse abissal








Jeferson

 
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Jdcc1
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