Meu amor, meu amor, sigo o mais direto conceito,
De ver estes sentimentos revestirem-se de nudez,
Entregues a ti, no limiar da mais pura sensatez
Em que me perco, serei entao teu por direito...
Meu amor, meu amor, o dia ainda espreito,
Aquele que nos irá unir as asas, como anjos ao erguer,
E na pálida mas concreta lucidez do querer
Que o peito seja mais aberto ao amor, que estreito...
Meu amor, Meu amor, nao quero esquecer o que esqueci,
Quero concientemente lembrar quem sou, e o que te entrego,
Quero por fim, olhar os olhos da alma que carrego
Feliz na liberdade de estar presa a ti...
Serei então verdadeiramente teu por direito,
Óh!!! Meu amor, meu amor,
Como sempre o fui por defeito...
Paulo Alves