As palavras grito-as eu, como se barco fosse,
e todas as marés são de feição.
Nos antípodas, uma estrela cintila
e à distância um rumor me chama.
Não há rotas a cruzar as veredas
onde me descrevo e me assumo
e todos os pontos da abóboda celeste
são marcas que deixei em cada poema,
em cada proclamação, em cada silêncio.
Barcos são andorinhas das águas
e, os remos, asas que nunca souberam voar.
Da serenidade do Olimpo desceu uma luz amena
e Orfeu veio dançar à chuva uma valsa sem onomatopeias.
Agora eu...
Agora eu!
Em 31.Mai.2023
Escrever é uma forma de estar vivo!
Paulo César