Uma cascata sonora
No vale de Gimmerton
Reverbera na pele rochosa
Uma lamúria de som.
Viola um reino xiita
Que prima por volição
Da água que dali evola
Da ave que dali volita.
Opróbrio servil inocula
Inócuos ósculos fugidios
Campestres galos no cio
Naquilo que não coagula .
Um verso vistoso e verídico
Percorre a planície e planilha
Cozendo a carranca do cínico
Nos sisos mortais da matilha.
O ocaso laranja o alpendre
O monte de Vênus que cobre
Desliza suave no ventre
Nos seios rosados em que morre.
Um terço daquilo que faço
Recai sobre a planta mofina
Nos olhos daquela menina
Que me recusou um abraço.
Desfiz do giz e disfarço
Naquilo que à noite eu fazia
À espera do rei de Antioquia
Que um dia foi preso no mastro.
Não diga o que digo, meu caro,
Que a festa não tem primazia
No raio do sol que eu me calo
Na réstia desta... Poesia!
Gyl Ferrys