Me perco em subterfúgios
Entre escárnios e heresias
Eis a antinomia dos versos
Redigindo minhas poesias
É só um ceticismo induzido
Velando por falsa crença
São sofismas perspectivos
Munidos de indiferença
Me atento aos sencientes
E ao cinismo das emoções
Sou apenas mero espectador
Não me atrevo às conjurações
Idiossincrasias à parte
Refaço meus pensamentos
São inúmeras perspectivas
E incontáveis questionamentos
Deixo por um instante o poema
E perplexo contemplo a solidão
Eu sou um poeta em epifania
Transcendendo a alma em retidão
Me perco em um caos retórico
E no tênue fulgor da dialética
Eu sou, ainda finjo ser o vazio
E isso é só insensatez poética
Jeferson