Poemas : 

Poema do absoluto

 
Tô andando sobre as águas
Me sentindo um basilisco
Tô desaprendendo o amor
Disposto a correr o risco

Meu "eu te amo" mergulha
No seu mar desgovernado
Se sufoca com a indiferença
Depois morre afogado

Vou do delírio à utopia
Sem medo da insegurança
Me deixa capotar no ego
Sem cinto de segurança

Meu orgulho transeunte
Me mata um pouco todo dia
Esse verso eu fiz com raiva
São overdoses de hipocrisia

Solidão não rasga a alma
Isso tudo é uma ilusão
Avesso dos paradoxos
Só a alma rasga a solidão

Eu amo por necessidade
Nunca por desespero
É um sequestro das paixões
Que já estavam em cativeiro


Jeferson

Transtorno Obversivo Compulsivo
 
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Jdcc1
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Enviado por Tópico
MarySSantos
Publicado: 25/05/2023 15:41  Atualizado: 25/05/2023 15:41
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Mensagens: 5848
 Re: Poema do absoluto
Meu "eu te amo" mergulha
No seu mar desgovernado
Se sufoca com a indiferença
Depois morre afogado


"eu te amo" é um cão latindo para sombras.

Eu amo por necessidade
é amar-se a si mesmo e porque sente-se
necessidade de quase tudo, ama-se muito
todos os dias.

um poema sôfrego onde de cada verso ramifica-se
para outros caminhos.

grata pelo conteúdo!

Enviado por Tópico
Sergius Dizioli
Publicado: 25/05/2023 22:13  Atualizado: 25/05/2023 22:13
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Mensagens: 2241
 Re: Poema do absoluto
A crueza dos versos nos tira do marasmo. Quanta falta sentimos desse chacoalhão de verdades com as quais concordamos mas não temos coragem de dizer.
"Tô desaprendendo o amor..."
"Meu eu te amo mergulha nos seu mar..."
"Me deixa capotar no ego..."
"Solidão não rasga a alma..."
"Eu amo por necessidade..."

Como é bom quedar-se fora do lugar comum.
Saudações.