para que serve as vontades com rédeas
os sentimentos presos às guelras
se vivo num deserto seco
no meio de um oásis a meio
ai coração
escondido
feito bandido
só roubou
saudade
e ilusão
sendo incapaz
de furtar
o sentimento
protegido
de um íntimo
talvez
seja melhor ir
aprender
com as folhas
das palmeiras
que protegem
as sementes
de amor
ou talvez ficar
a observar a lua
[gémea do desacreditar]
sempre cai devagar
antes do sol chegar
vou esgotar o saldo dos dias
e no fim
ralhar com as serpentes
na tentativa de curar-me com o veneno dos seus dentes
sem rastejar
na terra
que me viu pisar