No jardim dos sentimentos, trago comigo uma dor,
A história de um amor não correspondido,
Um fardo que eu suporto com ardor.
Meu coração, qual pássaro solitário, voa sem rumo,
Buscando abrigo nos braços que nunca me acolherá.
Na teia de ilusões, construí sonhos e fantasias,
Mas a realidade cruel me mostrou suas garras frias.
Amar sozinho é como dançar uma melodia sem compasso,
Onde meus passos se perdem na tristeza e no embaraço.
Olhos que brilham como estrelas no céu,
Mas não encontram o reflexo do meu anseio mais fiel.
Suspiro em segredo, carrego a paixão em silêncio,
Enquanto meu peito se enche de um imenso vazio.
Teus gestos suaves, tuas palavras ao vento,
Aquecem minha alma, mas só por um momento.
Pois sei que o amor que ofereço é um presente rejeitado,
E meu coração solitário, em desalento, é dilacerado.
Mas ainda assim, ergo-me diante dessa adversidade,
Transformo minha tristeza em força e serenidade.
Pois é melhor amar em silêncio do que nunca amar,
Mesmo que meu amor não possa ser compartilhado.
E assim, sigo adiante,
Com a esperança no horizonte,
Sabendo que mesmo na dor, a vida traz lições valiosas.
Um amor não correspondido
Pode doer como uma ferida,
Mas me ensina a ser resiliente,
A buscar amar minha própria vida.
E talvez, um dia, o destino sorria em minha direção,
E eu encontre alguém que sinta a mesma paixão.
Até lá, guardarei essas lembranças com carinho,
Pois mesmo não sendo correspondido,
Meu amor segue nesse mesmo caminho.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense