No mar de continuidades, navego sem rumo,
Em busca de respostas, em meio ao nevoeiro.
O futuro se revela um enigma profundo,
E a cada passo dado, o destino é passageiro.
As dúvidas são ondas que vêm e que vão,
Sacudindo a embarcação da minha existência.
Não sei que caminhos me levarão além,
Pois o horizonte se perde na imensidão.
A cada escolha, um universo se desfaz,
E outros se abrem diante dos meus pés.
Mas como saber qual o melhor caminho a seguir,
Quando todas as estradas são tão efêmeras?
A meditação é uma companheira constante,
Que sussurra em meus ouvidos a cada momento sentido.
Mas não posso temê-la, pois é na sua sombra
Que encontro a coragem de enfrentar o desconhecido.
E assim, vou adiante, mesmo sem saber,
Se minhas pegadas se perderão no tempo.
Pois a vida é feita de intensidades e riscos,
E é nas suas entranhas que descubro meu alento.
Então, permita-me dançar na corda bamba da vida,
Com a certeza de que o medo não me dominará.
Pois só através das incertezas eu me reinvento,
E na sua imprevisibilidade, encontro a paz que me acalmará.
Que as ideias conclusivas sejam meu mote e meu abrigo,
Enquanto eu navego neste mar turbulento.
Pois é nas suas águas revoltantes que encontro a verdade,
E me entrego ao fluxo incerto do tempo.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense