Na vastidão silenciosa do meu ser,
Encontro-me imerso na solidão,
Um oceano de pensamentos a crescer,
Um eco solitário em meu coração.
Nas sombras frias da noite escura,
Caminho sozinho sem ninguém por perto,
Os passos ecoam, a alma se mistura,
Com a tristeza que habita neste deserto.
No silêncio, sinto-me pequeno e frágil,
Como uma estrela perdida no céu distante,
Observando a vida que segue seu afã ágil,
Enquanto eu permaneço na solidão constante.
A solidão, como uma companheira fiel,
Aconchega-se em meus braços com destreza,
Envolve-me em sua teia de um véu,
E tece a tristeza em minha tristeza.
Mas na solidão também encontro abrigo,
Um espaço de introspecção e reflexão,
Um tempo precioso para o autoabrigo,
Onde posso encontrar minha redenção.
Na solidão, nasce a melodia do meu ser,
Palavras ganham vida em poesia,
É nesse encontro solitário que posso ver,
A beleza que reside em minha fantasia.
E assim, abraço a solidão como parte de mim,
Um portal para um mundo interior vasto e profundo,
Um lugar onde a alma encontra seu fim,
E se liberta, encontrando paz no mundo.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense