em 03/07/2016 01:56:48 (1770 leituras)
Luis R. Santos (Aquazulis)
A mão suplica um mísero tostão,
Tão negra de fome e atroz saudade,
Estendida sob os olhos da cidade
E sobre o orgulho cuspido no chão.
No frio glacial ou no auge do Verão
Ela pede esmolas à caridade;
Os anos passam, morre a dignidade
E ignoram o rogo daquela mão.
Mas um dia, quando o sol adormecer
E o Inverno cair de joelhos a tremer,
A mão será pela morte gelada.
Quem sabe, na próxima Primavera,
Uma criança pergunte de quem era
A mão que suplicava na calçada!
(Luís R Santos 8/12/10)
Prezados,
Nenhum comentário será respondido pois o Autor já não se encontra entre nós. São apenas transcrições de poemas antigos que foram movidos para local inadequado.
In Memoriam (Transcrição)