Nada tão nítido como o chão
que vem de dentro
ou este verde-tenro
que começo a respirar.
Regressa o silêncio branco
em sílabas de vento brando
sobre o perfume das frésias
e do alecrim.
Regressam os rostos, regressam as vozes
a serem raízes
da árvore antiga que atravessa a vida
que toca a primeira seiva do jardim.
A tarde adormece ao fundo do olhar
vestida de um tempo quieto
enquanto horas de terra lenta se espalham pelo azul que cai
macio e longo
num lugar p'ra lá de mim.