Poemas -> Juvenis : 

o carpinteiro encontra-se com o marceneiro

 


Num bailado de estações.
De folhagem peregrina.
De vetustos caminhos.
Desocultam-se as mãos.

Pedaços de pensamentos.
Loucos e soltos.
Como andrajos, a dizer adeus.
Com tremores envoltos.

Mansamente, na talha
recorta-se a chaga exímia.
Nos canais em apogeu.
O sensitivo tece-se em malha.

Sempre que o carpinteiro.
Em artesanal alquimia.
Entre faúlhas e poeiras,
encontra-se com o marceneiro.







Zita Viegas















 
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atizviegas68
 
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