Dorme a Fera recolhida
Em caverna bem escura
Sempre a espera de acolhida
De uma gêmea criatura.
A Virtude, bem vestida,
Vela a porta de armadura
Que resiste à investida
Mais hercúlea que a esmurra.
Essa Fera fere o certo
Ao errado a fera acolhe
Quando enroscada em ti.
Dorme a Fera de olho aberto
Pois quem fere não escolhe
O que dorme só em si.
Gyl Ferrys