Lá está os pés de fulô...
Ao olhar atento
Vê-se tolhida
Tal qual
Perdida na vida
Más,
Simplesmente elas
Resistem a qualquer
Querendo viver
Em qualquer
Situação improvável.
Minha fulô não tem
Nome
Nem casa
Seu jardim
Ninguém rega
Muitas Sequer
São percebidas
Apesar de tão Expostas
Feito meninas
De rua..
Pouco conhecidas e São ignoradas
Simplesmente vive
Pra ninguém
Numa praça
Borda da calçada
Sem zelo.
Ela é de toda cor
Gosta de viver
Bem acompanhada
Aqui, acolá se vê
No meio fio da calçada
No terreno baldio
No quintal desprezado
No pasto mal conservado
Num sei
Maís parece implicância
Ou então, simplicidade
Em demasia
Deem o nome que quiserem
Sem tem cheiro
Não sei
O bastante está
Na beleza que apresenta
Umas até desafiam
A gravidade
Nascem nos penhascos
No pé de estátuas..
Pouco importa a altura.
Vejo com frequência
Bem alegres pale manhã
Na virada do dia
Costuma se esconder
Quando estiver andando
Der de cara com uma dessas
Não é impulse
Tem que parar
E olhar
Elas não fazem questão de cerimonia
Gostam mesmo
É de ser notadas .
Não sei se exalam cheiro
E se atraente Jataí
Mesmo assim
Tão belas
Singelas e sensíveis
Gosto e quero
Sempre sua presença
Por aqui
Democráticas, libertas.
Seu lugar
Pode ser aqui
E em qualquer lugar.
Do mapa mundi...
Lizaldo Vieira
Poeta ecológico
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...