Duas ruas e um caminho

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Pareceria uma "troca de galhardetes" se não estivesse à vista de todos a beleza do seu texto.
Adorei.
Chico iria amar :)

Que todos os caminhos nos levem ao mar...
Bela inspiração. Meus cumprimentos.

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Todos os caminhos vão lá dar, a duas mesmas ruas.
Este soa mesmo a metapoema.
De certeza que alguém já o leu.
E soa mesmo bem.
É leve, coisa de primavera.
Tem um ressentimento qualquer curtido.

Há tantas metáforas e simbolismos.
Montes de perguntas também.
O "peixe" é aquele símbolo da redenção, do sacrifício, do cristão, quase milagreiro.
Mas depois confunde-se coluna (e coragem e correcção) e espinha, tudo ao mesmo tempo, e é um filme. A cana e tudo, que caça o peixe, e é um símbolo fálico por natureza.
"...tanta onda,
tanto peixe..."
Exacto, para quê estar com coisas, quando há mais marés que marinheiros e há tanto peixe no mar?
Pois.

"...foi o poema com o vento..."
Gosto muito de vento como figura poética.
Ele movimenta. Arrasta. Estraga a monotonia, a paradez...

Um bocado de vento este poema.
Que acaba com um "...cravo..." adocicado (por acaso acho o perfume do cravo forte e doce), que pode ser um daqueles pregos que no "...mar..." é como certas pessoas, só sabe ir ao fundo.

Obrigado pela leitura

Para o homem se entender
E não se perder no (a)mar
Terá que o pescar e comer
Não deixando, de divagar...

Os caminhos do (a)mar por vezes são muito sinuosos tais como as ondas desse (a)mar!

Lendo o poema trouxe à minha memória, lugares do sítio onde nasci, então, foi como se estivesse com um pé lá vivendo esses momentos, senti a leveza dessa gaivota, e banhei-me no rio onde sempre ousei ser feliz.
Boa partilha!

Agradeço a todos o magníficos poetas as leituras, e os comentários. Embora nem sempre tenha muita disponibilidade para comentar aqui, sabem que sou grande admiradora dos vossos trabalhos.
Um bom feriado para todos e um forte abraço