Num rasto de sangue
chove em páginas absurdas
dentro das vozes que escrevem
a ferocidade do que foi.
É sempre mais um dia
longe de tudo
despido de caminhos que o habitem.
E as mãos dormentes
encostadas à palidez
dos nomes
escreverão o peso de um livro
que não acaba
enquanto ainda existem estrelas
que crescem nos olhares.