...trago dentro dos meus olhos de água todos os poemas que te fiz.
mas, não sei escrever...
então, digo-te o poema ao ouvido e deixo-o dentro da tua boca de papel.
o mundo pára.
balançam os ramos das cerejeiras, que já estão em flor
e a terra aconchega-se a nós.
só depois o poema ganha forma, métrica e precisão.
finalmente comungamos do mesmo corpo.
e somos o verbo amar...
a. luz